sexta-feira, dezembro 27

VI DE MINHA JANELA!




 

Não discuto

não discuto

 com o destino


 o que pintar


 eu assino

 
***
 

DOR  ELEGANTE



 

   Dor elegante..



Um homem com uma dor
É muito mais elegante
Caminha assim de lado
Com se chegando atrasado
Chegasse mais adiante



Carrega o peso da dor
Como se portasse medalhas
Uma coroa, um milhão de dólares
Ou coisa que os valha


Ópios, édens, analgésicos
Não me toquem nesse dor
Ela é tudo o que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra.

*****

 
 Paulo Leminski foi um dos mais expressivos poetas de sua geração.
Influenciado pelos dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos deixou uma obra vasta que, passados 25 anos de sua morte, continua exercendo forte influência nas novas gerações de poetas brasileiros. Seu livro “Metamorfose” foi o ganhador do Prêmio Jabuti de Poesia, em 1995. Entre suas traduções estão obras de James Joyce, John Fante, Samuel Beckett e Yukio Mishima. Na música teve poemas gravados por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Guilherme Arantes; e parcerias com Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik e Wally Salomão.  Paulo Leminski Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 — Curitiba, 7 de junho de 1989) foi um escritor, poeta, crítico literário, tradutor e professor brasileiro. Era, também, faixa-preta de judô.
Paulo Leminski morreu no dia 7 de junho de 1989, em consequência de uma cirrose hepática que o acompanhou por vários anos. Os poemas citados pelos participantes convidados fazem parte do livro “Melhores Poemas de Paulo Leminski”, organização de Fred Góes, editora Global.

 

 
 
 

 
*
Pois é, falo  de quem admiro

um beijo pra você Paulo Leminski.

Galopa debruçado nas estrelas!

Risos  uau,  fantástica afirmação sofrer?!!  

Sofrer, a grande fragilidade de todos.

Buscando incentivar esta atitude de lições perdidas,

de iniciativa pioneira na minha historia ampliada.

Básicas geradas nas porções arcaicas do nosso cérebro?

Que sofrer seja também  a minha última obra...

Pois, de nada nos valerá a elegância

se em nós ela não refletir sua postura.

De conhecimento de nós mesmo ela se faz personalidade.
 
Aqui, em sua chama imortal a luz de sua poesia nos envolve.
 
Em nós seus versos faz saltar saudades  suas.


 
roswyta
 

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