Não discuto
não discuto
com o destino
o que pintar
eu assino
com o destino
o que pintar
eu assino
***
DOR ELEGANTE
Dor elegante..
Um homem com uma dor
É muito mais elegante
Caminha assim de lado
Com se chegando atrasado
Chegasse mais adiante
Carrega o peso da dor
Como se portasse medalhas
Uma coroa, um milhão de dólares
Ou coisa que os valha
Ópios, édens, analgésicos
Não me toquem nesse dor
Ela é tudo o que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra.
*****
Paulo Leminski foi um dos mais expressivos poetas de sua geração.
Influenciado pelos dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos deixou uma obra vasta que, passados 25 anos de sua morte, continua exercendo forte influência nas novas gerações de poetas brasileiros. Seu livro “Metamorfose” foi o ganhador do Prêmio Jabuti de Poesia, em 1995. Entre suas traduções estão obras de James Joyce, John Fante, Samuel Beckett e Yukio Mishima. Na música teve poemas gravados por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Guilherme Arantes; e parcerias com Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik e Wally Salomão. Paulo Leminski Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 — Curitiba, 7 de junho de 1989) foi um escritor, poeta, crítico literário, tradutor e professor brasileiro. Era, também, faixa-preta de judô.
Paulo Leminski morreu no dia 7 de junho de 1989, em consequência de uma cirrose hepática que o acompanhou por vários anos. Os poemas citados pelos participantes convidados fazem parte do livro “Melhores Poemas de Paulo Leminski”, organização de Fred Góes, editora Global.
*
Pois é, falo de quem admiro
um beijo pra você Paulo Leminski.
Galopa debruçado nas estrelas!
Risos uau, fantástica afirmação sofrer?!!
Sofrer, a grande fragilidade de todos.
Buscando incentivar esta atitude de lições perdidas,
de iniciativa pioneira na minha historia ampliada.
Básicas geradas nas porções arcaicas do nosso cérebro?
Que sofrer seja também a minha última obra...
Pois, de nada nos valerá a elegância
se em nós ela não refletir sua postura.
De conhecimento de nós mesmo ela se faz personalidade.
um beijo pra você Paulo Leminski.
Galopa debruçado nas estrelas!
Risos uau, fantástica afirmação sofrer?!!
Sofrer, a grande fragilidade de todos.
Buscando incentivar esta atitude de lições perdidas,
de iniciativa pioneira na minha historia ampliada.
Básicas geradas nas porções arcaicas do nosso cérebro?
Que sofrer seja também a minha última obra...
Pois, de nada nos valerá a elegância
se em nós ela não refletir sua postura.
De conhecimento de nós mesmo ela se faz personalidade.
Aqui, em sua chama imortal a luz de sua poesia nos envolve.
Em nós seus versos faz saltar saudades suas.
roswyta
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