terça-feira, dezembro 24

CADA UM TEM O SEU JEITO!

Meus amores, um dia cheio de  douradas  realizações, com  experiências únicas.  Ontem tive o prazer de conhecer este  diamante.   Sua sensibilidade é um verdadeiro tesouro.  Esta crônica a  seguir nos proporciona uma lição humana belíssima, dando-nos este aroma gostoso a data comemorativa de hoje. 
Ao lê-la, enviei uma mensagem ao Dr. Bruno, comunicando a minha preferência em  postá-la aqui. 
Afinal, muitos pensam desta forma, é preciso agir com a nossa sensibilidade, deixar nosso coração abraçar o próximo a cada instante. Mesmo, quando encontramos àqueles que nos faz as lágrimas caírem por suas omissões e silencia em seus orgulhos tolos.  
Sabido é que ainda  assim  eles, recobertos por suas camadas de crueldades se fazem nossos professores em reflexões.  O perdão é um medicamento divinal, eu nunca tive filhos, atualmente nem namorado tenho.  Mas confesso espiritualmente os tenho! 

Nada melhor existe do que ajudar os outros. Conservo o meu equilíbrio e a confiança de muitos filhos postiços, amadinhos que encontro soltos pelas ruas e vivemos este espírito natalino a cada encontro. Este quase meu relatório não é para dizer a vocês que os tenho no coração, mas afirmar que se temos estes amigos-irmãos, temos as maiores e mais raras riquezas. Afinal, quem não sabe ajudar os menos favorecidos não é só pobre ... são sem dúvida  infelizes e miseráveis. 

Quem não sabe dar de si mesmo uma palavrinha de conforto, um sorriso aberto, uma abraço apertado,  um sentar juntos nas calçadas para uma boa conversa de ouví-los e  escutá-los  num encorajamento, é um pobre coitado.  Ajude-os,  todos também merecem ser auxiliado para soltar como borboletas suas cores de amor e paz! Coisa que mesmo vindo e vivendo em berço de ouro, não há cifras que paga esta alegria, esta felicidade de compartilhar o nosso coração  sereno e feliz.

Pois meus amores, somente esta doação se faz o remédio eficaz para nos dar a verdadeira felicidade.  Saiba que a Força Divina jamais nos abandona,  quando precisamos  começar e recomeçar com muito amor no coração.
 
Meus amores lindos, que todos nós sejamos influenciados pelas ações sociais e amáveis, em beneficio da maioria dos seres humanos mencionados.     Quem de nós é totalmente despojado de orgulho?  Somos imperfeitos mas o nosso coração é uma fonte que jorra  permanentemente  amor, com todas as chamas de amor ao nosso próximo. Esta é  a  nossa maior beleza humana.
 
Amo vocês. -   beijos -   roswyta
Ribeirão Preto, SP - BR
verão de 2013




Que Deus te abençoe, meu filho
 
Tenho a concepção ideológica de não dar esmola. Seja por não ajudar a solucionar o problema, seja por condicioná-lo a comodidade, válido para jovem, adulto, até mesmo artista cênico; mesmo porque qualquer um que aprende habilidades manuais com tamanha destreza em tão pouco tempo merece ser chamado de artista. O problema sempre será mais profundo que essa ponta que aparece nos semáforos. Mas outro dia furtei-me de meus princípios. Deve ser porque não resisto a um velhinho. Olhar idoso, voz idosa, com mão estendida, cortam meu coração em pedaços que mágico nenhum consegue juntar. Tentei ignorar, passei como se não fosse comigo aquela voz rouca daquela senhora sentada no meio da rua. Seu cobertor só cobria as pernas até a altura das coxas. Sua mão estendida, mesmo frente à minha indiferença, soou mais alto que qualquer palavra. Parei. Voltei. Das moedas que tinha no bolso nenhuma restou comigo. Ao entregar, percebo algo que tocou-me ainda mais. Além de idosa pedinte, o que já é um desespero para qualquer olhar otimista para o mundo, percebo que também é cega. Seu olhar reto no horizonte, agradecendo pela mísera doação feita,  comprovou minha suspeita. Tenho a desgraça de ver a imagem triste e depressiva de uma pobre miserável, impotente, em seu crepúsculo da vida. Feliz torna-se nesse momento essa senhora, que possui a singela graça de não ver minha humilhação e decepção diante do mundo e das pessoas, em que se permite ofertar comida e bom banho a alguns favorecidos, menos a ela. Não bastasse isso, ainda recebo um carinhoso “Que Deus te abençoe, meu filho”. Queria que todos fossem surdos; alimentaria ainda mais minha omissão diante da vida.
 
 
Autor: Bruno Alencar,
Belo Horizonte-BH, mineiro convicto, médico.
Cinéfilo; apaixonado também por livros, música, artes… e pelas coisas simples da vida.




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