Meus amores. Bonita vida conquista este viver!
Curtem as alegrias que este sábado oferece a vocês.
Hoje, ao abrir a janela penso. O quadro naturalmente pintado a minha frente é a mim, quase uma prece. Necessito ver o mundo lá fora. Do alto observei as árvores de leve, o dia vestindo de dourado pelo amanhecer. O céu pouco a pouco foi bordando de branco seu azul maravilhoso e histórico.
Chequei a sacada, conversei com os visitantes beija-flores,
passa por mim o vento agitando ainda mais suas belas asas multicoloridas.
Vive
em minha alma à lembrança de onde nasci junto com todos os passarinhos,
da casa imensa da fazenda, dos quintais e aromas dos frutos. Saudade
gostosa daquele casarão jardins sempre bem cuidado e florido.
Engraçado, olhei para o relógio, marcava 05.28 minutos. Este é o tempo de coar o nosso café de aroma sem igual. Ser humano é difícil em si, então, recordei-me que
de lá ainda criança neste horário, quando necessário matava o porco e a
labuta continuava por todo o dia. Curiosa empreitada.
O tempo não parava e hoje continua na
mesma velocidade dentro de mim, revigorada recordação dos currais, do
leite tomado ali perto da porteira.
Meu pai nunca nos permitia entrar
onde ele era tirado, mas mesmo assim em minha ousadia aprendi a
ordenhar a vaca, diversas vezes dela tirei leite as escondidas de meu
pai. Tudo era novidade, mas foram tantas as precauções deles, uma
percepção dessa conduta bem mais tarde.
O certo é que lá criamos raízes
que hoje são as bases de nossa existência. Na infância conseguimos
perceber a interconexão dessa vida. O delicioso sentido de que a vida é
mesmo uma grandiosa aventura. Penso, agora que não deve ser guardado
junto com nossos diplomas de primário, com nossa fantasia de festa
junina, e nem com nossos brinquedos.
Pois ele continua tão real para nós
hoje quanto era na época em que começamos a farejar a liberdade e a
grandeza no ar. Na lembrança revejo os momentos felizes, e chego a
acreditar que a nossa infância precisa ser preservada com os seus
aprendizados, de lá ate o momento vivemos pela generosidade dessas
raízes, sementes fincadas por eles cheios de saber.
Outro dia, comentei que
falta muita educação doméstica na sociedade atual. Minha amiga, culta e
bem informada delicadamente respondeu-me " Rose querida, eu vivi a fase
do sanduiche, e precisei me libertar para não morrer de tédio! " -
Confesso que naquele instante não consegui seguir seu raciocínio. Hoje
continuo pensando falta sim, disciplina, diálogo, polidez, plenitude de
boa maneiras. Abordar essa informação é criar polêmicas. Fui e sou feliz!
Afinar-nos com tudo que existe eleva a mente, aumenta a
satisfação e alimenta os atos criativos. Cada tarefa que executamos hoje
só conseguira beneficiar a nós mesmos e aos outros dentro do grau de
atenção, de essência que lhe conferimos.
Não sei bem por que, e eu,
procuro desempenhar depois de anos e anos, um papel único de nobreza
frutos das conversas e ensinamentos de meus pais. O meu pai se foi há
27 anos. A minha mãe uma menina amada, verdadeira rainha em seus branquear
86 anos esta aqui firme e forte. As vezes escutá-la é uma oração.
A cada manhã podemos abrir a porta de seu quarto e beijá-la, dizer-lhe benção mãe, - a senhora passou bem a noite? Meus sobrinhos, todos, nos pedem benção. Sim, e temos orgulho dessa tradição escolhida livremente em respeito a luta árdua de nossos antepassados. Poderemos nos orgulhar? Sim.
A vida tem tanta
surpresa! A cada dia, à medida que avançamos em nosso caminho, estamos
ligados com tudo o que aconteceu antes, com tudo o que está
acontecendo agora no mundo. É preciso tomarmos consciência do que é
melhor a cada um. E tudo que estamos preparando para o futuro. Nossas
atitudes revela quem realmente somos e de onde viemos.
Nós temos
importância enorme tanto para nós mesmos como para todos os outros. Vivemos em comunidade, o mundo é sociável.
Nossa maneira de tratar o próximo nos retornará como reflexo vital,
cuidemos dela e teremos uma preciosa consciência acima de tudo.
A
verdadeira liberdade, como a legítima segurança, esta primeiramente
dentro de nós. Não somos marionetes entre as pessoas. Cada um de nós
possui o poder de idealizar, elaborar e executar projetos pessoais.
Temos o potencial de criar a Paz entre os povos. Sermos educados é a mínima condição. Ser amável e elegante desenvolve o diferencial do refinado e o rude.
Pense nisso antes que a
guerra ou solidão nos matem. E o vento há muito esperado sopra
novamente, é o período de colher flores em botão desabrochando.
Sentar
na varanda e saborear os frutos.
De separar as semente para novos
plantios.
É ainda tempo de conhecer a geografia da boa educação.
Amor vocês.
É ainda tempo de conhecer a geografia da boa educação.
Amor vocês.
beijos
Roswyta
Ribeirão Preto - sp - br
primavera 2013
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