domingo, setembro 21

MADRUGADA COM CHEIRO DE SAUDADE!





Bonito domingo meus amores lindos! 


Cheguei a sacada antes das quatro horas, aqui a vida é um maravilhoso espetáculo livre e bela na sua aurora!  Nesse misto de alegria, felicidade e saudade. Chuva de infância viva, realidade que atualmente se parece lenda! 

Sou grata a  Deus, e, a todos que olhei dentro dos olhos, a tantos que tiveram consciente ou inconsciente sem saber unidos a mim através de preces e desejos do bem em comunhão.    

Domingo com cheiro de  chão forrado de pontinhos amarelos de gabiroba, cheiro de mato depois da chuva. Seu sabor adocicado até lembra o gosto dessas frutas, assim como a quantidade de sementes contidas em sua polpa.

Infância esse retrato sem parede hoje me fez ver a querida poesia:  gabiroba, de tantos risos derramado nos campos junto com meus irmãos.  Um chão onde floresce o canto, o risos e o pranto.


Meu querido amigo de belas  noitadas Humberto Campos, sempre me diz em conversas silenciosas ou quem sabe diálogos de fantasias...


Ele em sua humanidade: " Na infância, o que se ouve ou o que se vê não sobe para o cérebro. Desce para o coração e aí fica escondido...", pois é,  esta manha ele resolveu me trazer essa beleza.

Suas flores são isoladas, brancas e pouco duradouras. Os frutos são bagas arredondadas de sabor adocicado com entre 15 e 20 centímetros de diâmetro, flores e frutos a explodir na ponta da saudade.

Gabiroba   sua espécie ocorre em abundância de Minas Gerais, a fruta do mato que  guarda devagarinho a memória da minha infância por uma janela da saudade. 

Gabiroba de minha infância, essa amiga feito flor é uma  planta  rica em vitamina C e seus frutos e folhas são utilizados no combate à gripe. As cascas possuem substâncias adstringentes que são indicadas no tratamento de diarréias, cãibras e males do trato urinário.

Por essa sacada faço minha prece de gratidão uma sensação de plena apreciação pela vida.

Hoje esta chovendo por aqui detalhe de vida, eu também estou chovendo mas não é o pranto que molha meus olhos, é,  por  beijar de amor essa saudade naquele tempo na fazenda,  do acordar cedinho para ouvir os passarinhos e sair a catar gabiroba depois da chuva, instante que elas estão como mel.

 Eu sempre me ponho como um pássaro livre no ar, leve, acho os poetas tem suas razões plantadas no coração , eles certamente enfeitados de cantigas e canções como os pássaros. Algazarra que não atropela a felicidade desse amanhecer fazendo versos de amor a vida!

Eu, não sou poetiza de escrita e palavras  mas de alma, canto, choro, dou risadas e cambalhotas. Acordo diariamente antes das  quatro horas, adoro ouvir rádio cumprindo o meu destino de infância adorável.

 Hoje, chove por aqui, são gotas que me deixo cair na alma, serenidade fabricando alegria, permito a elas se fazer  canções de amor suave para acariciar  as plantas depois do banho,  como uma doce paz intocável e feliz.

Ninguém me dá minha felicidade, eu a construo assim, diariamente de chuva, de raio de sol de arco-íris no meu  coração. Sou essa criatura abençoada que estendo as mãos e consigo alcançar a forma presente que um dia DEUS me deu de presente. 

Afinal, é o céu carregado de nuvens que alivia a terra com suas chuvas limpando a poeira do dia a dia, não podemos perder a capacidade de nos alegrar com as coisas pequenininhas.

Meus amores lindos, bonito domingo, vou  ao meu café com biscoito e pão de queijo e suco, minha  obra de arte feito nessa madrugada úmida e maravilhosa.

Um dos meus prazeres é compor como melodia a mesa do café de domingo, quando a tranquilidade livre do relógio me permite fazê-lo   cantarolando... rs

Senhor grata por suas loucuras sem fim do nosso amor.  O amor é uma flor muito delicada, mesmo se vestida de grandiosas e maravilhosas formas. 

O amor nutre-se de carinhos e carícias. Sacia-se no abraço, cresce no beijo. Fortalece-se nos momentos a dois.

 A esse Cristo rendo preito, sempre temos muito a nos dizer nas madrugadas de todo dia.

Amo vocês.

ribeirão preto-sp-br
primavera 2014

4 comentários:

  1. Fascinante! Melhor ainda: extraordinário! Esta reflexão nos emociona sabia? Tenho minhas origens no interior de Goiás. Depois de morar em várias cidades grandes (capitais) aqui e acolá, retornei ao convívio com minha herança, da qual não pretendo desapontá-la. Lindo texto, um misto de exuberante com nostalgia, mas edificante e bem concebido. Convido-a ler Mel da Tâmara, um conto que escreve e, você o encontrará em buscas no Bússola Literária. Bjs. Au revoir

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  2. Dílson grata, suas palavras resgata a poesia que a humanidade tem sede. Vou lá ler sua postagem. Feliz por você estar aqui. bjs

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  3. Ha muito não ouvia ou via alguém falar em gabiroba, trouxe-me à tona da viagem imaginaria que fazia ao iniciar a leitura do seu texto, muito rico na dissertação do sentimento que chamamos de saudade,e, na verdade essa frutinha deixou-me com água na boca. Que o Bom Deus lhe abençoe e guarneça com luz,paz e amor.

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  4. Amado amigo Lauro, bonito dia!
    Agradeço a DEUS por nos colocar na mesma canção do coração, uma canção feito preces a serviço da humanidade; buscamos todos dias mais felizes e sem limites de generosidade. Sejamos todos Construtores de Amigos. Grata sempre - beijos

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