Amores meus amores...
Pois bem!
Convivência!...
O que sabemos desse relacionamento tão sagrado?!
*Um dos aspectos mais importantes do exercício pleno de nossa existência é a difícil arte de conviver. Viver com os outros não só é um desafio, mas também uma aprendizagem significativa que interpela nossas múltiplas inteligências, emoções, sentimentos, apegos, aceitações e nos encaminha – quando a resposta é saudável – à maturidade e à autêntica felicidade. A chave da consciência social é o fato de nascermos, crescermos, vivermos e morrermos inter relacionados com os outros no universo.
Nós, seres humanos, nos acompanhamos nos momentos mais importantes de nossa vida, podendo esse acompanhamento mostrar-se enriquecedor para nossa existência e nossa saúde integral, ou entorpecer ou inibir nosso desenvolvimento e nosso amadurecimento, o que causa múltiplas discórdias e doenças. Observamos hoje que muitos homens e mulheres estão mais solitários que nunca, excluídos; não esperam nem sabem sair dessa situação e, além disso, estão desesperados, perderam a paz. É possível reverter esse estado de caos e de angústia social? É possível transformar a solidão em acompanhamento adequado, a exclusão em inclusão, a não espera em harmonia, a desesperança em esperança e a perda da paz em sossego? Se desejarmos relacionar-nos de maneira adulta, madura e aprender a ser felizes junto a outras pessoas, deveremos perguntar-nos e responder-nos, com sinceridade, quando e a partir de onde podemos começar.
A difícil arte da convivência é um caminho árduo e íngreme, o que implicará trilhá-lo a partir de uma nova mentalidade: aprendendo a estar só consigo mesmo, a reconhecer-nos na intimidade, assim como a estar integra- 10 dos em nossos grupos familiares, de amigos, de trabalho; num clima relacional em que seja possível exprimir as identidades e potencialidades pessoais, integrando-as numa ação conjunta, a serviço do bem comum e contribuindo para a unidade.
Esse é o desafio que nos é apresentado pela atual complexidade social. Esse caminho só será possível se conseguirmos preencher os vazios existenciais com conteúdos que estimulem o desenvolvimento das potencialidades que todos nós, seres humanos, possuímos, superando o ego que divide, julga, exclui e gera conflitos, esclarecendo nossas obstinações, crescendo como pessoas carismáticas e sadias, com vistas ao próprio bem e ao da comunidade na qual estejamos imersos.
Estar sadiamente vinculados significa respeitar, com honestidade e responsabilidade, os outros como a si mesmo, aprender a compartilhar conquistas e frustrações, bem como reconhecer a igualdade na diversidade. O desenvolvimento desse tipo de sabedoria fortalece as relações com aqueles que nos cercam e constitui uma busca de toda a vida que requer, entre outras coisas, abertura ao novo, conhecimento do ser humano, paciência, trabalho e muita lucidez. *
Os autores: Conte-me se souber.
Amores beijos
Roswyta
esrogbribeiro@hotmail.com
Ribeirão Preto, 10.março.2021
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