Bonita vida meus amores!
Pois é o dia hoje amanheceu com uma luz diferenciada... violeta certamente.
Brilho para iluminar a estrada do além!
Umberto Eco, pegou seu passaporte e partiu....
Gosto de suas obras, ficamos amigos.
Assim nos sentimos quando comungamos as emoções e ideias dos escritores.
Essa relação bonita e pura, criamos laços, quando a amizade se acompanha de intimidade profunda.
Oculta.
Silenciosa.
Alcançamos um nível elevado embora, jamais nos tenha olhado olhos nos olhos.
Apenas de coração para coração, não é Humberto??!!
Um dia Buscaglia resolveu ir-se num 12 de junho, no dia dos namorados.. certamente em homenagem por nosso amor platônico.
Depois Rubem Alves..
Ontem você??!!
Silêncio, amor à nossa existência tão rica e silenciosa responsabilizando as nossas noites lindas por boas prosas.
Pois é, não acredito na morte, assim, continuaremos de mãos dadas vivendo e aprendendo com você...
Paz!!!
- beijos -
" O AMOR NÃO EXISTE SEM CIÚME -
Se o ciúme nasce do intenso amor, quem não sente ciúmes pela amada não é amante, ou ama de coração ligeiro, de modo que se sabe de amantes os quais, temendo que o seu amor se atenue, o alimentam procurando a todo o custo razões de ciúme.
Portanto o ciumento (que porém quer ou queria a amada casta e fiel) não quer nem pode pensá-la senão como digna de ciúme, e portanto culpada de traição, atiçando assim no sofrimento presente o prazer do amor ausente.
Até porque pensar em nós que possuímos a amada longe - bem sabendo que não é verdade - não nos pode tornar tão vico o pensamento dela, do seu calor, dos seus rubores, do seu perfume, como o pensar que desses mesmos dons esteja afinal a gozar um Outro: enquanto da nossa ausência estamos seguros, da presença daquele inimigo estamos, se não certos, pelo menos não necessariamente inseguros.
O contacto amoroso, que o ciumento imagina, é o único modo em que pode representar-se com verosimilhança um conúbio de outrem que, se não indubitável, é pelo menos possível, enquanto o seu próprio é impossível.
Assim o ciumento não é capaz, nem tem vontade, de imaginar o oposto do que teme, aliás só pode obter o prazer ampliando a sua própria dor, e sofrer pelo ampliado prazer de que se sabe excluído.
Os prazeres do amor são males que se fazem desejar, onde coincidem a doçura e o martírio, e o amor é involuntária insânia, paraíso infernal e inferno celeste - em resumo, concórdia de ambicionados contrários, riso doloroso e friável diamante.
Umberto Eco, in 'A Ilha do Dia Antes' *
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